terça-feira, 21 de setembro de 2010

Como perder o controle

Nunca duvide do que uma mulher é capaz quando está com raiva. Ainda mais quando esta mulher for a minha amiga Maria, vai por mim!

Bom, a Maria namorou o João por seis anos. Eles terminaram mas estavam naquele esquema volta, não volta, pega hoje, fica amanhã, se vê depois... Sabe? Justamente aquele que nunca acaba bem! Até que chegou o carnaval, era véspera do feriado e os dois tinham combinado de se encontrar. No final do dia, ele telefonou pedindo um milhão de desculpas, mas seu pai resolveu antecipar a viagem e eles sairiam em algumas horas. Mas que apesar disso, era importante ressaltar o sentimento dele por ela e a importância que ela não ficasse com ninguém! Ohhhh coisinha fofa, neh?

A Maria não gostou muito, mas se fez de compreensiva. Resolveu então aproveitar a véspera de feriado para ir a um barzinho com uma amiga. Escolheu um bem perto de sua casa – detalhe importante nessa parte da história, eles moram em regiões completamente opostas da cidade, pra deixar mais claro ainda, o bar perto da casa dela é muito longe da dele, rs – e estava lá com a Joana, quando a amiga olhou pro lado e perguntou.

- Maria, não queria falar nada. Mas não é o João sentado ali naquela mesa com uma menina?

E não é que era, menina!? A Maria começou a bufar de raiva. Pegou o celular e, num momento de lucidez e muita categoria, foi até o banheiro. Ligou perguntando se ele já havia chegado na praia. A resposta foi negativa:

- Sabe o que é que é? Meu pai desistiu. Estou no bar.

- Com quem?

- Com o pessoal do trabalho.

- Ah é?

Durante o diálogo ela foi caminhando (vai imaginando aí, tipo cena de filme em câmara lenta) até ficar frente a frente com ele e desligar o telefone. Nesse momento a lady proferiu apenas uma palavra: MENTIROSO. Virou as costas e voltou para a mesa.

Clapt, clapt, clapt! Palmas pra ela! Gente, quanta classe, não?
Não!

Foi aí que ela pegou seu copo de caipirinha e foi falar com ele novamente. Pronto! O circo estava armado! A outra resolveu falar e já tomou um:

- E você, cala a boca!

Depois de muito pipipi e blábláblá, do nipe você não me respeita, passamos seis anos juntos, o que você estava pensando... A Maria virou a caipiroska de morango na cabeça do menino!

E, quando todo mundo achou que tivesse acabado, parado em frente ao bar estava o carro dele. Aiiiii Maria, dói contar essa parte! O descontrole tomou conta da nossa amiga e, de uma lady ela virou a freak-da-chave! Pegou a chave do carro e riscou toda a pintura do veículo automotor ali estacionado.

Aiiiii Jisuis! Será que ele aprendeu a lição?


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Yes! I do!

Minha amiga Maria fez as malas. Segundo o João, seu namorado, eles iriam para Maresias, passar o feriado na casa do Pedrinho, amigo dele.

Ela já ficou meio mau humorada quando o bofe inventou uma história que precisava passar no aeroporto pra dizer tchau para amiga sei-lá-de-onde, que ia embora do país. De onde veio essa amiga? Mas tem que passar no aeroporto pra falar adeus pra Fulana? Tomara que vá e não volte nunca mais! Só nós sabemos como gira rápido a cabeça de uma mulher nesses momentos.

Chegando no aeroporto qual não foi a surpresa dela, quando o namorado tira do bolso duas passagens para a Bahia, com uma reserva em um resort para que os dois curtissem juntos o feriado! Pronto! Em um segundo toda a birra foi embora!

Sol, piscina, praia, água de coco... A melhor surpresa que ele já tinha feito em todos os sete anos de namoro.
No final do penúltimo dia, no quarto, ele se levantou da cama para tomar banho. Antes de ir para o banheiro, disse que colocaria um filme para ela assistir.

Quando o vídeo começou a passar na TV, sentada na cama, ela já começou a chorar. O namorado, que estava fugindo do altar há pelo dois anos, gravou uma conversa entre ele e os pais da Maria. Fazendo o que? A essa hora você já sacou, neh? Pedindo a mão dela em casamento!

Maria invadiu o banheiro gritando sim, sim, sim...

domingo, 19 de setembro de 2010

Rapa a panela aí pra mim?!

Minha amiga Maria adora um proletariado!
Já saiu com todo o tipo de trabalhador braçal! Tenho a impressão que quanto mais suado e menos indinheirado, mais ela gosta!

O escolhido da vez era um taxista! Os dois já vinham saindo há algum tempo... Até uma conta de R$ 10 de cerveja em um bar ele pediu para ela “fazer” pois estava sem grana. 

Até aí este post não teria nada demais, não é mesmo? Estamos em 2010! Qual o problema de uma mulher sair com alguém em uma situação financeira abaixo da dela, certo? Tudo em favor ao amor verdadeiro!
Mas não há amor verdadeiro que resista à vergonha!

A Maria levou seu peguete-taxista a um jantar de entre casais na casa de uma amiga. Durante a refeição – um prato x feito com camarões – o moço não parava de repetir:

- Ô, ta bom isso aqui, hein? 

Para fechar o jantar com chave de ouro, enquanto a dona da casa retirava os pratos para levá-los à cozinha, o rapaz elegantérrimo – que faria Gloria Kalil morrer de desgosto com seus modos à mesa - soltou a seguinte frase:

- Ow, alguém mais vai comer? Não? Ahhhh então rapa a panela aí pra mim?!

Rapa a panela aí pra mim??????????  Sem mais! rs


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Conto de Fadas Moderno

Era uma vez uma amiga Maria que foi morar nos EUA.
Depois de algumas tentativas de carimbar o passaporte, marcando dates com homens dos quatro cantos do mundo, ela acabou mesmo foi se enroscando com um Gaúcho.
Um ano de relacionamento e o guri veio para os Pampas passar férias deixando nossa amiga lá na terra do Tio Sam. Na volta, os dois estavam andando de bicicleta no parque quando o cavalheiro solta a seguinte pérola:
- Você devia cuidar mais do seu corpo, não? Olha só a quantidade de buracos nessa sua coxa!
Ela, surpresa com o comentário (afinal, fazia um ano que ele conhecia aquelas coxas e nunca havia reclamado delas antes), respondeu que se ele não estivesse satisfeito, existem outros que poderiam gostar muito.
E o geintleman ainda teve a cara de pau de completar:
- Só se eles nunca tiverem ido pro Sul do Brasil e visto o que é mulher bonita de verdade!
Nem preciso falar que o namoro acabou por aí, neh?
E a Maria ficou lá... Com sua birra de gringos, especialmente americanos, sozinha em outro país. Para afogar as mágoas, foi almoçar com um amigo. No meio daquele lance de ninguém me ama, ninguém me quer, o ombro-amigo-indiano, começou com um papinho sobre destino e blá, blá, blá.
Apontou pra mesa do lado, onde um cara comia sozinho, e perguntou:
- Quem garante que aquele não é o homem da sua vida?
No final do almoço, fortalecida pelos conselhos sábios vindos diretamente da Ásia Meridional, ela se levantou e disse ao amigo.
- Quer saber? Você tem razão! Quem sabe aquele não é o homem da minha vida?!
Saiu, deixou um bilhete na mesa do cara, virou as costas e sumiu! No papel estava escrito: “Da próxima vez que você for almoçar sozinho, me liga antes”
Bom... Os dois saíram, começaram a namorar e marcaram a data do casamento! A história já era linda até aí, não? Mas agora vem a comprovação de que SIM, cara amiga maria-leitora, existe um par reservado para cada um de nós no mundo!
O noivo morava com os dois irmãos mais velhos, ambos nunca casados. A Maria, com a pulga atrás da orelha com essa constatação, resolveu desabafar com um amigo gay, que antes de mudar para outra cidade, dividia o apartamento com ela. Ele, além de dizer que ela estava ficando paranóica, pediu para ver uma foto do príncipe encantando, pois lembrou que ainda não tinha visto o rapaz!
Quando o arquivo em jpg chegou pelo skype ele quase morreu de catapora!
- Amiga! Você lembra aquele cara com quem eu estava saindo, que a família não sabia que era gay?
- Sei.
- Você lembra que ele tinha um irmão mais novo que eu falava que TINHA que te apresentar porque ele era a sua cara?
- Acho que sim, por que?
- É ele!
Pois é... A Maria casou com o cara que era perfeito pra ela e tem uma história digna de contos de fadas pra contar para seus filhos. De quebra, passou a ser a única da família a saber o motivo real pelo qual o cunhado nunca apresentou uma namorada em casa! Que situação, hein! RS
E viveram felizes para sempre.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O carro amarelo

A minha amiga Maria me contou essa história ontem. Imediatamente já soube que ela tinha que ser o post de inauguração desse blog. 

Bom... A Maria dessa vez, estava no exterior, durante uma viagem longa pra estudar... Uma bela noite, depois de copos e mais copos de Amarula (porre de Amarula ninguém merece, hein Maria), minha amiga resolveu bater um papo com a lua e pedir uma luz na sua vida!

No dia seguinte a Maria se jogou nas compras para os sobrinhos! Andando, no sol, com aquela sacola pesada cheia de bugigangas do Bob Esponja, eis que a colaboração da lua chegou...
Do lado dela parou um carro amarelo oferecendo carona. Como a Maria é muito boa moça (ahãn) e a mãe dela ensinou a não entrar no carro de estranhos, ela disse não. Ele, insistente, falou que ia ser só uma carona, e que aquele era seu dia de sorte.

Porra... Um monte de sacolas pesadas, você à pé, num país onde não conhece ninguém, o cara é bem do bonitinho, pára de carro e oferece carona... É claro que você deixa pra lá os ensinamentos da retrógrada da sua mãe e aceita! Afinal, é seu dia de sorte!
Sã e salva na porta de casa, ele e a Maria trocaram telefones. Mensagens e ligações depois, eles sairam.

Quando ela entrou no carro ele já mostrou uma garrafa de Vinho do Porto (caraca, Maria porre de vinho do porto? O que tá acontecendo com vc?)... Eles pararam na porta da balada para beber o tal do vinho então, não sei porque - não entendi essa parte da história muito bem - ele pediu para trocar de lugar com ela no carro.

Quando a Maria passou pro banco do motorista tomou o maior susto ao ver um cavalinho prateado relinchando no meio do volante! Porra Maria! Não saber distinguir marca de carro ok. Mas não perceber que o carro amarelo que te oferece carona, no meio da rua, em outro país, quando você tá carregada de sacolas com brinquedinhos do Bob Esponja é uma FERRRARI é imperdoável!

Nem preciso falar que no primeiro encontro a ela foi de calça, no segundo arriscou um shortinho, no terceiro já tava de mini saia...
E você já tava imaginando isso aqui no começo da história, neh? Pois é, todas nós! rs

Boooooooooa Maria! E bora pedir ajuda pra lua, mulherada! Vai que ela te manda um bonitão num carro vermelho, hein?

Muito prazer, sou a amiga da Maria

A Maria é minha amiga. Ela realmente existe, mas não é uma pessoa só.
Ela pode ser professora hoje, advogada no próximo post e engenheira no final da semana.
Loira, morena, japonesa, baixa, magra, gorda, cabeluda, careca...
Pode ter arrumado um bofe na balada, traído o namorado com o jardineiro ou viajado para a Malásia secretamente com o irmão do ex.

A Maria foi um jeito de tirar do papel um plano antiiiiigo: contar pra todo mundo as histórias impagáveis das minhas amigas (e confesso, as minhas também) sem revelar identidades! Assim, não terminamos nenhum casamento, não deserdamos filha de ninguém, não expomos pessoas ao ridículo e, principalmente, não perdemos amizades dessas mulheres maravilhosas que fazem minha vida muito mais feliz!

Tudo o que vocês lerem aqui (pasmem) é real! Sei que em alguns casos vai ser difícil de acreditar, mas eu juro que é!
Pra não ficar sem histórias conto com a colaboração geral! É só escrever para amigadamaria@gmail.com

Espero que vocês se divirtam tanto quanto eu sei que eu vou escrevendo aqui!

bjs

Ahhhhhhhhh! Não podia encerrar esse post sem antes agradecer à Maria pelas histórias maravilhosas! rs